Dor... Solidão...
Quando você pensa que estava certo
E percebe o jogo de tentar aceitar...
Quando os pássaros que cantavam
Estão presos em jaulas
E o ruído ensurdecedor
Daquele que se debate para fugir...
A verdade que você cantava
É a mentira que sustenta
E não há um motivo
Não sabe como agir,
Não sabe como parar,
Não sabe como gritar,
Não sabe como sonhar,
Perdeu o fio que seguia
E não sabe quando o soltou
E desde quando acredita
Que ainda o está segurando
A chama que brilhava
Já é brasa há tempos...
Mas não foi possível ver
Tampada para que não se apagasse
Esvaiu-se sem perceber
Foi um sonho brilhante...
Tão brilhante que ofuscou a visão...
E nada mais foi capaz de ver.
Brincava com as palavras
E não notou
Que pouco a pouco
Elas viravam a sua vida
Tão feliz concebeu os fatos
Tão vital foi a permânencia deles
E tão brutal será a nova realidade
Parou no tempo sem saber
Continuou sem perceber
E desse momentos...
Não há mais o que se dizer...
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Texto de Roberta Aline